domingo, 9 de setembro de 2012

Que assim seja!



Deus que me perdoe,
Por mais que o tempo voe,
Não quero que ele volte pra trás.
Saudade, a gente sente,
Mas, eu fico contente
Vendo a vida que sempre se refaz.

Já tenho alguma estrada
E não sei quase nada
Do que ainda posso experimentar.
Tenho chão pela frente
E sou tão experiente
Não tenho medo de continuar.

Gosto de me conhecer na solidão,
Sinto prazer em descobrir que sou mais.
Me sei inteira como a palma da mão,
Não sou a mesma de um segundo atrás.

Sou ser mutante, sou transformação,
Minha constância é sempre muito fugaz.
Te quero agora e não aceito seu não,
Mas, se demora, já não te quero mais.

Iemanjá que me ilumine
Pra que eu não termine
Lamentando o que não pude fazer.
Se o relógio vai ligeiro
Eu passo o tempo inteiro
Correndo atrás do que ainda há pra viver.

Nunca é muito tarde,
Aprecio a liberdade.
Só me entrego pra depois me soltar.
Não gosto de corrente
Se bem que, eventualmente,
Seja bom a gente se amarrar.

Gosto de me conhecer na solidão,
Sinto prazer em descobrir que sou mais.
Me sei inteira como a palma da mão,
Não sou a mesma de um segundo atrás.

Sou ser mutante, sou transformação,
Minha constância é sempre muito fugaz.
Te quero agora e não aceito seu não,
Mas, se demora, já não te quero mais.

Alá que me proteja,
Que eu viva, que eu veja
No espelho a minha imagem mudar.
Em cada traço que apareça
Que eu me reconheça
E saiba ainda me reinventar.

Quero ficar velha
E fazer o que der na telha
Nos limites que a idade impuser.
Mas, na hora derradeira,
No fim da brincadeira,
Que não fique nada pra resolver.

Gosto de me conhecer na solidão,
Sinto prazer em descobrir que sou mais.
Me sei inteira como a palma da mão,
Não sou a mesma de um segundo atrás.

Sou ser mutante, sou transformação,
Minha constância é sempre muito fugaz.
Te quero agora e não aceito seu não,
Mas, se demora, já não te quero mais.

Deus que me perdoe,
Iemanjá que me ilumine,
Alá que proteja...

Por Buda, que assim seja!



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