domingo, 1 de dezembro de 2013

Não sou de confiança



Me escolhi pra meu amigo
Aquele que me dá conselhos
Mas, na conversa de eu comigo
Não dá pra ser imparcial
E acontece com frequência
Quando escuto meu espelho
Pode apostar que na sequência
Eu quase sempre me dou mal.

Eu me conto mil segredos
Pra me arrepender depois
Pois, no outro dia já bem cedo
Eu já espalhei alguns.
Nessa hora eu me castigo
Juro romper com nós dois
Sei que um dia ainda consigo
Ficar sem mim sem ser nenhum.

Se ainda caio na minha lábia
E me ouço de peito aberto
Tenho fé que eu não me traia
Guardo a inocência de criança.
Sei que ainda vou me sabotar
Mas tô ficando mais esperto
Pois, já começo a acreditar
Que não sou de confiança.

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