terça-feira, 5 de novembro de 2013

Tempo


O tempo corre, o tempo foge
E não nos devolve o troco
Não se usa o que sobrou de hoje
Noutro dia que tem pouco.

O tempo não passa a revés
O tempo não para um segundo
Anda com seus próprios pés
E não é igual pra todo mundo.

Tempo não tem coerência
Pois se é caso de urgência
O tempo dá de se arrastar
Mas se a festa tá boa
Aí, então, é que ele voa
E nem dá pra aproveitar.

Na parede sempre tem ponteiros
Avisando que com o tempo anil
No tempo de um dia inteiro
Lá fora tem possibilidades mil.

O tempo tem posto em meu rosto
Sinais que revelam minha idade
Tem por isso meu desgosto
Tempo cruel, tempo covarde

O tempo que tem poder de cura
É o mesmo tempo que amargura
O tempo, às vezes, não tem dó
Passou o tempo de uma vida
Velha mobília esquecida
Que sò tem sombra, só tem pó.

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