sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Aos moralistas


São guerreiros os artistas,
Os poetas e ativistas
Sempre alvos dos patetas
Da elite moralista
Que defendem os bons costumes
Em alto e bom volume
Fechados em suas gavetas
Se dizendo tão incólumes.

Saiba então, senhor pudico
Que se porta como síndico
Do mundo e da vida alheia,
Do seu aval, eu abdico.
Seu conceito de moral
Não conhece o bem e o mal.
Sua arrogância é muito feia,
Você não é o maioral.

Abaixe o dedo que me aponta
Pois, não é de sua conta
Quem se deita em minha cama.
Seu olhar não me amedronta.
Te afronta a felicidade
De quem vive de verdade
E não se importa com a fama
Nas bocas cheias de maldade.

Me matar com seu veneno
Nunca esteve entre meus planos.
Então, me deixa gozar
Como já gritou Caetano.
Enquanto eu penso em sorrir
Você tenta reprimir,
Mas, se me impede de sonhar
Eu te impeço de dormir.









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