sábado, 17 de dezembro de 2011

A caminho


Seguindo o meu caminho, tão sozinho
Pra chegar mais perto do seu portão,
Estudo a sua estrada e transformo
Cada curva em canção.
Na alta madrugada inspirada
Te conheço só por suposições.
Paisagens da viagem bem às margens
De onde nascem as paixões.

É desse jeito que a gente se vira,
Sempre transformando qualquer pedra 
Em quase ouro.
E se a distância é imperativa,
A gente se contenta com os sonhos
Um do outro

Com a cara e com a coragem,
Um curioso sem bagagem querendo conhecer
Seus campos coloridos onde os deuses,
Certamente, devem amanhecer.
Me perco em teus atalhos, nos teus becos, nas quebradas
Em batalhas, louco por desvendar
As passagens secretas que revelam as concretas
Fantasias que eu vivo a criar.

E quando já completo esse trajeto tão repleto
Da mais bela ilusão,
Me espere na janela com umas flores amarelas,
Seja feita sua revelação.
E mesmo que eu chegue atrasado e faminto ou cansado
Sou turista louco a te descobrir.
Basta que dispense os empregados, faça assim um bom assado
E venha ser o meu souvenir.

É desse jeito que a gente se vira,
Sempre transformando qualquer pedra 
Em quase ouro.
E se a distância é imperativa
A gente se contenta com os sonhos
Um do outro.

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